terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Invasão de caravelas nas praias de Pernambuco



Com informações da assessoria


A chegada do verão e da temporada de férias do mês de janeiro traz um fluxo mais intenso de pessoas para as praias do litoral pernambucano. A época também coincide com a maior presença das caravelas nas áreas litorâneas, o que pede uma maior atenção dos banhistas. Para os pais, o cuidado com as crianças devem ser redobrados.


De acordo com o Tenente - Coronel Valdy Oliveira, do Corpo de Bombeiros, o primeiro passo para evitar o acidente com caravela deve ser feito assim que as pessoas chegarem na praia. "É bom checar se há algum desses animais na areia ou na beira do mar. Caso seja constatada a existência de caravelas, as pessoas não devem tomar banho no local", alerta. Para ele, os pais devem prestar atenção para que as crianças, movidas pela curiosidade, não entrem em contato com as caravelas. "Elas têm um formato interessante para os pequenos, principalmente devido à cor, que varia de tons de rosa ao lilás".


A caravela possui estruturas chamadas nematocistos que, quando rompidos, liberam toxinas responsáveis por provocar reações inflamatórias no local atingido. Em caso de acidente, além de manter a calma, o importante é lavar o local atingido com água do mar e, depois, com vinagre (ácido acético). "Isso contribui para evitar um rompimento ainda maior desses nematocistos e para atenuar o processo inflamatório", explica Américo Ernesto Jr, diretor do Hospital da Restauração (HR) e médico do Centro de Assistência Toxicológica do HR, referência estadual na área. "A água doce não deve ser usada. Ela provoca a liberação de mais toxinas, o que pode agravar a irritação da pele", diz o especialista.


Os principais sinais da inflamação causada pelas toxinas da caravela são manchas vermelhas (eritemas), edema local, possibilidade de formação de bolhas e, em casos graves, necrose do tecido atingido. "Após os primeiros cuidados, a pessoa deve procurar o posto médico mais próximo para fazer uma avaliação", indica Américo Ernesto.

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