sábado, 20 de dezembro de 2008

Diretor-geral da Restauração critica reportagem do JC

De Cidades / JC
O diretor-geral do Hospital da Restauração, Américo Ernesto de Oliveira Júnior, encaminhou, na tarde de ontem, ao Jornal do Commercio carta de repúdio à matéria publicada na edição de sexta-feira. Ele alega que o HR foi retratado na reportagem de forma pejorativa e preconceituosa. Cita que a matéria abraçou "de forma míope o discurso de um profissional, que, além de tudo, comete um equívoco ético por publicar fotos de pacientes, expondo sua privacidade."

No texto, Américo Ernesto reconhece que o hospital enfrenta muitos problemas, como a superlotação, em especial causada pela deficiência da rede de saúde. "Toda essa deficiência recai sobre o HR. Em nosso trabalho cotidiano, verificamos que 80% dos pacientes que chegam a nossa emergência estão fora do perfil de alta complexidade previsto para ser atendido no HR, já que recebem alta hospitalar em menos de 24 horas."

O diretor diz que o título "Hospital da Vergonha" é depreciativo. "Questionamos, sobretudo, no conteúdo do texto, a forma depreciativa com que uma instituição de tamanha relevância foi tratada. Hoje (ontem) pela manhã foi possível constatar nos funcionários um desapontamento com a matéria. Ela não reflete o esforço que os profissionais de saúde fazem para trabalhar por esta instituição."

Ernesto declara que a reportagem não ouviu o lado do hospital. "Disseram-me que o jornalismo dava o direito ao contraditório e defendia a relação de sinceridade e honestidade entre entrevistador e entrevistado. O que foi prejudicado pela abordagem da matéria."

No fim da carta, o diretor diz que "não concebe, sob qualquer argumento, tachar de vergonha uma instituição com 40 anos de prestação de serviço."

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