terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Credores aprovam proposta da rede Farmácia dos Pobres

Por Viviane Barros Lima, de Economia / JC
Os credores da Farmácia dos Pobres aprovaram, ontem, o processo de recuperação da empresa que inclui as regras do pagamento das dívidas. A aprovação, feita em uma assembléia geral, vai permitir que a rede pague aos 186 trabalhadores que foram demitidos antes do início do plano de recuperação em parcelas iguais durante 12 meses. O desembolso começa a partir de março do próximo ano. O acordo superou a expectativa da empresa que vai começar a reabastecer as farmácias a partir da próxima semana.

A dívida total da empresa é de cerca de R$ 56,7 milhões. Além dos trabalhadores, há outros credores, como prestadoras de serviços e bancos. O maior débito da Farmácia dos Pobres em relação a todos os credores é com a distribuidora Panarello. São R$ 23 milhões de dívida. Depois vem o Bradesco com quem o débito chega a R$ 11,8 milhões.

A Justiça decidiu que o pagamento para os credores, com exceção dos trabalhadores, será feito de acordo com o valor devido para cada um. Dívidas de até R$ 10 mil serão pagas em quatro vezes sem juros. Acima de R$ 10 mil até R$ 30 mil são 12 parcelas mensais sem juros. De R$ 30 mil a R$ 100 mil, 36 meses e a partir de R$ 100 mil são 14 anos para pagar com o perdão de 50% do valor da dívida.

“Os credores mostraram que confiam na recuperação da empresa. O resultado da assembléia foi excelente para a rede. Dos 48 credores que votaram, 87,5% aprovaram o plano de pagamento. Somente os bancos Bradesco, IBI, Daycoval e três trabalhadores votaram contra, mas foram obrigados a acatar a decisão da maioria”, explica o advogado da empresa Rodrigo Beltrão.

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