quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Cesta básica no Recife é a segunda mais cara entre 17 cidades brasileiras

Da Folha de Pernambuco

A cesta básica do recifense está entre as mais caras do País. De acordo com o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), Recife, com aumento de 19,96%, está em segundo lugar na lista das 17 capitais brasileiras pesquisadas, das quais 14 sofreram aumento de mais de 10% no valor dos produtos, atrás, apenas, de Goiânia (22,9%), e seguido por Natal (18,14%), Manaus (16,73%), Fortaleza (16,21%) e São Paulo (16,20%). As capitais onde os preços dos 12 gêneros de primeira necessidade variaram menos foram Aracaju (3,96%), Brasília (5,15%) e Porto Alegre (6,13%).

Em termos anuais, dos 12 produtos da cesta do Recife, o feijão quase dobrou de preço. O aumento anual registrou alta de 97,84%. O quilo do produto em dezembro de 2009 custava R$ 2,37. No último mês do ano passado, estava por R$ 4,69. “O produto pode ser considerado um agravante pela alta da cesta em sua totalidade. A redução da produção total em 6,92% e escassez de chuvas são fatores para o aumento. A banana, que representa o índice do setor hortifruti, teve um aumento de 39,47%, considerando o mesmo período comparativo. Trata-se da redução da oferta em todo o País”, explica Jackeline Natal, Supervisora Técnica do DIEESE em Pernambuco.

Outro alimento que subiu de preço expressivamente em 2010 foi a carne. A maior demanda internacional e a seca que afetou as pastagens também foram os problemas apontados pela pesquisa. “O quilo da carne, em dezembro de 2010, custava, em média, R$ 15,12, ou seja, 34,63% mais caro que em 2009 (R$ 11,25). O açúcar, fechando a lista dos produtos com aumento mais representativo na cesta, fechou dezembro do ano passado com aumento de 21,47%, comparado a dezembro de 2009. O quilo do açúcar passou de R$ 1,65 para R$ 1,98”, informa a supervisora.

“Os recifenses que recebem salário mínimo comprometem 43,8% do valor para a compra de alimentos. Hoje, qualquer subida no valor dos produtos balança a cesta, principalmente, quando se trata da baixa renda (população que investe muito em comida). Ain­da segundo a análise, o salário mínimo necessário deveria ser de R$ 2.227,53. O valor, que atenderia os gastos básicos da população, corresponde a 4,37 vezes o mínimo em vigor atualmente, de R$ 510”, finaliza.

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