terça-feira, 27 de novembro de 2007

Entidades de Pernambuco realizam vígilia pelo fim da violência contra a mulher



Representantes de 70 entidades que integram o Fórum de Mulheres de Pernambuco e familiares de pernambucanas vítimas de homicídios realizam hoje (27), em Recife, a última vigília do ano pelo fim da violência contra a mulher. A concentração terá início às 16 horas, na Praça da Independência, no centro da cidade. A programação inclui uma caminhada até o Palácio da Justiça, seguida de ato público.
Segundo a coordenadora do fórum, Joana Santos, a idéia do movimento é mostrar à população que, apesar de possuir um plano de enfrentamento da violência contra a mulher, lançado em outubro pelo governo estadual, Pernambuco continua a figurar como o quinto estado do país com maior índice de assassinato de mulheres, contabilizando, de janeiro até agora, 251 mortes violentas. Ela informou que as vítimas são principalmente pessoas jovens, negras e de baixa escolaridade.
A representante do Comitê de Políticas de Articulação de Mulheres Brasileiras Suely Valongueiro destacou que as vigílias são necessárias para que a população tome conhecimento da situação de fragilidade que as mulheres do estado enfrentam e se mobilize no sentido de conter o avanço da criminalidade.
“A gente precisa de ações integradas de diversas secretarias de governo, além de campanhas informativas, capacitação de profissionais de escolas e atendentes de delegacias para que seja possível vislumbrar mudanças no atual panorama do estado”, disse.
Joana Santos destacou que entre as reivindicações a serem apresentadas pelas instituições que compõem o fórum para o enfrentamento do problema estão ampliação da rede de atendimento as vítimas de agressões como casas abrigo, delegacias especializadas e centros de referência em assistência médica, psicológica e jurídica. “A violência contra as mulheres é uma questão estrutural da sociedade que está vinculada a situações de desigualdade social e de relações de poder estabelecidas entre homens e mulheres”, afirmou.
Marcia WonghonRepórter da Agência Brasil

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