quinta-feira, 1 de novembro de 2007

Mais uma pessoa é encontrada morta dentro de delegacia em Pernambuco


Outro homem foi encontrado morto dentro de uma delegacia em Pernambuco. Na noite da última quarta-feira (31), o corpo do motorista Divanilson André de Santana, de 29 anos, foi encontrado dentro de uma cela, na Delegacia de Sirinhaém, na Zona da Mata Sul de Pernambuco, a 71 km do Recife. Um dia antes, na noite da última terça-feira (30), um porteiro foi encontrado morto dentro da Delegacia de Repressão a Roubos e Furtos, no Recife.
De acordo com funcionário da delegacia, Divanilson havia sido preso duas horas antes de aparecer morto. Ele foi preso depois de subir no palanque e tentar arrancar o microfone da mão do pastor, durante um culto que acontecia em frente à delegacia. A atitude do motorista causou indignação no local e ele foi levado por guardas municipais para a delegacia, que quase foi invadida por pessoas que queriam linchá-lo.
A suspeita é de que Divanilson tenha se enforcado com a própria camisa, de acordo com a polícia. Mas o laudo do Instituto de Medicina Legal (IML) do Recife - para onde o corpo do motorista foi levado - deve ser concluído em 20 dias. A Delegacia de Sirinhaém abriu inquérito para investigar o caso.
SEGUNDO CASOEste é o segundo caso de morte dentro de uma delegacia, em Pernambuco, somente nesta semana. Na noite da última terça-feira (30), um dos presos na Delegacia de Repressão a Roubos e Furtos, o porteiro Clécio José Silva de Lima, foi encontrado morto.
O porteiro havia sido preso na última segunda-feira (29), acusado de ter furtado dinheiro e objetos de dentro de um dos apartamentos do prédio onde trabalhava como porteiro, no bairro de Boa Viagem. De acordo com a perícia do Instituto Médico Legal (IML), a causa da morte do porteiro foi asfixia. A delegada à frente das investigações, Genezil Coelho, titular da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), esclareceu que todos os indícios apontam para suicídio.
A delegada explicou ainda que Clécio José foi enforcado com o cordão da própria bermuda. Quanto ao fato de o corpo ter sido encontrado com as mãos algemadas para a frente, um dos familiares do porteiro teria dito que o porteiro era “muito flexível” e por isso poderia muito bem ter se enforcado mesmo com as mãos atadas. Os familiares ainda contaram à delegada que o porteiro já tinha comentado, em certa oportunidade, que se um dia fosse preso, preferiria morrer a ficar encarcerado.
A delegada pediu o acompanhamento do Ministério Público de Pernambuco (MPPE) e da Corregedoria da Polícia Civil. “A solicitação foi para garantir transparência nas investigações”, afirmou a de legada, que explicou ainda que o pedir o acompanhamento do MPPE e da Corregedoria é normal em casos envolvendo outros policias e crimes dentro de delegacias.
da Redação do pe360graus.com

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