![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiFRW2NRvnlEMOjTgzR2uyixXJyTHMPeYm_FZGt6AaoO8q-gspPZSu0KGVYTugdwcEJOEYYCprBtRTzZdpZJ1bUowr7d8UiVvMISk0DijhDc2uiXuJfinYtIZQxdNddr8-11bvka4WOLoU/s320/cadeia.jpg)
Existem, aproximadamente, 19.500 presos em todo o Estado, ou seja, mais que o dobro da capacidade dos presídios e cadeias
O MPPE, Ministério Público de Pernambuco, apresentou ontem, terça-feira (2), um relatório da situação dos encarcerados no Estado. O resultado do relatório comprova com números a gravíssima situação das 66 cadeias e dos 12 presídios de Pernambuco.
O mais preocupante para o ministério público é que 90% dos presos já deveriam ter passado por julgamento e 62% dos presos nem ao menos foram julgados. Existem processos que estão parados desde 2001, onde a lei determina que o prazo para o julgamento deva ser de até 90 dias.
De acordo com o promotor, Marcellus Ugiette, a demora para o julgamento ocorre devido a falta de defensores públicos para atender à demanda de processos: mais de 90% dos presos não podem pagar um advogado e o déficit de defensores públicos chega a 3 mil profissionais
Outro problema é a superlotação das unidades prisionais. Pernambuco tem hoje cerca de 19.500 presos - mais que o dobro de sua capacidade que é de 8.289 vagas.
Além da superlotação, os presos também são submetidos a condições de higiene muito precárias que contribuem para o contágio de vários tipos de doenças.
Os promotores pretendem utilizar o relatório para a criação de uma força tarefa para garantir aos presos, mesmo que tardiamente, o direito ao julgamento.
0 comentários:
Postar um comentário