quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Médico do Hospital da Restauração se nega a atender paciente



Recebemos, via e-mail, a denúncia de uma estudante de Jaboatão dos Guararapes que recorreu ao Hospital da Restauração na madrugada do último dia 21, para prestar socorro a sua mãe. O relato da jovem conta com detalhes a humilhação que ela e sua mãe, foram submetidas.

Veja o e-mail na íntegra:


Na quinta feira passada dia 21/01/2010, aproximadamente às 1h da manhã, minha mãe, Rosineide Calábria, teve um hemorragia por conta de um dente e foi levada por mim, Ana Lygia Calábria, para a emergência odontológica da Ortoclin na Av. João de Barros, 1261 sala 209 Espinheiro-3243 2650. A dentista realizou todos os procedimentos possíveis, mais como a hemorragia estava muito grande, ela encaminhou que ela fosse levada para o hospital mais próximo para que tomasse uma injeção de vitamina K, só dessa forma que iria resolver a situação. Imediatamente fui com ela para o Hospital da Restauração e chegando lá, o funcionário da recepção nos encaminhou para o bucomaxilar e disse que só após este verificar a situação da minha mãe é que faria a ficha, este médico especialista não apareceu passadas duas horas e depois de muita insistência, o mesmo funcionário nos encaminhou para o médico que estava de plantão na emergência. Para minha surpresa, o médico de nome Liberaldo Pacheco de Oliveira, CRM/6282-PE, se negou a prestar socorro, afirmando que não era especialidade dele.

Além do que já foi citado acima, o Dr. Liberaldo Pacheco foi extremamente "grosso" e nem sequer olhou para a paciente afirmando que não tinha nada a ver, que não era especialista no caso, contudo vale salientar que o mesmo estava na emergência do hospital e tem o dever legal de prestar socorro. A paciente ficou por horas perdendo sangue e quando foi questionado que se fosse um hospital particular o médico daria um tratamento melhor aos pacientes ele, Dr. Liberaldo, disse: “Se está achando ruim, leve a paciente para um hospital particular”. Este “médico” foi bastante negligente e quando a paciente piorou fui procurar novamente o Dr. Liberaldo para apelar em favor da minha mãe e o encontrei na sala dos médicos lendo jornal. Tentei falar novamente com ele que ignorou a minha presença, nem sequer olhou para mim. Tal atitude não pode ser admitida por uma pessoa que se diz médico e após várias tentativas de atendimento e horas perdidas, com minha mãe perdendo sangue, sai da restauração com a minha mãe pior do que estava anteriormente e humilhada por um servidor público que tem o dever de bem atender a população.

Como não podia ficar ali esperando, já que o hospital público fechou a porta para minha mãe, fui a uma farmácia para aplicar a injeção, seguindo a orientação da dentista em decorrência da gravidade da paciente. Diante de todo o ocorrido, é possível entender que os hospitais estão com atendimento precário, que existe um número pequeno de médicos e de materiais para a grande demanda, e que a ausência do bucomaxilar para o atendimento é aceitável, porém na ausência deste, o médico de plantão tem o dever legal de prestar socorro e não tratar os pacientes como se fossem "bixo", isso não pode ser aceito. Vale ressaltar que a médica dentista que atendeu a paciente deu atestado sobre o caso da paciente e que minha mãe até hoje se encontra com a saúde debilitada.

O lamentável episódio foi denunciado no Ministério Público e no Conselho Regional de Medicina.

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