O presidente da CNBB NE2 e arcebispo de Olinda e Recife, Dom
Fernando Saburido, preside na próxima sexta-feira, 4 de julho, Missa Solene em memória
aos 136 anos da morte de Dom Vital Maria de Oliveira. A Celebração Eucarística
será às 10h, na Basílica Nossa Senhora da Penha, bairro de São José, centro do
Recife.
Durante a cerimônia, o vice postulador da Causa de
Beatificação de Dom Vital, frei Jociel Gomes, revelará novidades sobre o
processo. Os fiéis poderão entrar na basílica após a Missa e junto com o
arcebispo visitar o túmulo de Dom Vital. No local, o religioso rezará oração
pela beatificação do bispo capuchinho.
Quem foi Dom Vital?
Antônio Gonçalves de Oliveira Júnior nasceu no Sítio
Jaqueira do Engenho Aurora, atual município de Pedras de Fogo-PB (na época
território do Estado de Pernambuco) aos 27 de novembro de 1844.
Seus estudos foram iniciados na escola pública de Itambé e
posteriormente, no colégio do Benfica em Recife. Ingressou no Seminário de
Olinda em fevereiro de 1861 e no ano seguinte, foi estudar em Paris. Iniciou
o noviciado no dia 15 de agosto de 1863, quando recebeu o hábito de São
Francisco e o nome religioso de Frei Vital Maria de Pernambuco. Aos 19 de
outubro de 1864 emitiu a Profissão Temporária na Ordem Capuchinha. Recebeu as
ordens menores dos capuchinhos em 1866, o diaconato em 1868 e finalmente
ordenado sacerdote no mesmo ano.
No dia 21 de maio de 1871, por decreto imperial, Frei Vital
de Oliveira foi nomeado Bispo de Olinda-PE, com a preconização dada pela Santa
Sé aos 22 de dezembro daquele ano. Tomou posse em 24 de maio de 1872
tornando-se o primeiro Bispo capuchinho do Brasil.
O episcopado de Dom Frei Vital foi marcado por tensões,
sendo vivamente hostilizado pelos inimigos da Igreja e suas seitas secretas. Tomou
resoluções em defesa da fé e da Igreja e resistiu às tentativas do Governo
Imperial para que desistisse de suas ações contrárias aos desmandos e
interesses imperiais, o que lhe acarretou a prisão. Era o dia 02 de janeiro de
1874, às 15h, quando Dom Vital, revestido dos paramentos pontificais no Palácio
da Soledade, foi preso e recolhido ao Arsenal da Marinha do Recife, sendo
levado á frente de uma multidão que clamava pela sua liberdade. Dali foi
conduzido para o Rio de Janeiro, a bordo da corveta “Recife”, passando antes
pela Bahia.
No Rio de Janeiro, ele foi levado ao tribunal e julgado,
sendo condenado no dia 21 de fevereiro de 1874 a quatro anos de prisão, com
trabalhos forçados e custas, sendo essa pena comutada pelo Imperador, dias
depois, para prisão simples na Fortaleza de São José, no Rio.
A 04 de março de 1874,o papa Pio IX enviou um Breve à
Diocese de Olinda, afirmando que o único crime de Dom Vital foi ter defendido a
religião. Da prisão, ele consagrou a sua diocese ao Sagrado Coração de Jesus,
no dia 12 de junho de 1874. E não chegou a cumprir totalmente a pena porque foi
anistiado aos 17 de setembro de 1875 pelo Imperador, então pressionado pelos
protestos do papa.
Dom Vital faleceu em 04 de julho de 1878 no convento
capuchinho de Paris, aos 33 anos de idade. Seu corpo foi embalsamado e velado
na igreja dos Capuchinhos. As solenes exéquias e sepultamento deram-se no dia
08 de julho. Monsenhor de Ségur, na oração fúnebre, por ocasião das exéquias,
afirmou que Dom Vital morreu envenenado.
Missa em memória aos 136 anos de Dom Vital
Local: Basílica Nossa Senhora da Penha
Praça Dom Vital, 169 – São José – Recife
Dia: 4 de julho de 214
Horário: 10h
Informações: 3424-8500
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